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segunda-feira, 22 de junho de 2015

Na Verdade: Nenhuma é Santa!

     As três emissoras mais assistidas do Brasil pra chegarem onde estão, não fizeram uma trajetória totalmente honesta, há histórias de manipulação da opinião pública, uso do dinheiro de fiéis ou através de jogos de azar.




     Comenta-se que a Globo nasceu de um golpe que impedia grupos estrangeiros de ter emissoras de televisão no Brasil, de ter apoiado a Ditadura, manipulado notícias e a opinião pública. 
     Confira abaixo as maiores polêmicas envolvendo a Globo:
     Em 1982, já na fase de agonia do regime militar, Leonel Brizola, que retornou do seu longo exílio em 1979, candidatou-se ao governo do Rio de Janeiro. Sua candidatura não agradou à ditadura nem à direção da TV Globo. Roberto Irineu Marinho, filho do dono e um dos quatro homens fortes da corporação, havia assumido o compromisso com o candidato do regime, Moreira Franco. Foi montado um esquema para fraudar a contagem dos votos através da empresa Proconsult, cujo programador era um oficial da reversa do Exército.
     A TV Globo ficou com o encargo de manipular a divulgação da apuração. Mas, já prevendo a fraude, foi montado um esquema paralelo de apuração, organizado por uma empresa rival, o Jornal do Brasil. 
     A armação criminosa foi desmascarada, Leonel Brizola foi eleito governador e a poderosa Rede Globo ficou desmoralizada na sociedade. Até o jornal Folha de S.Paulo criticou “esta grave e inédita” maracutaia. “O verdadeiro fiasco em que se envolveu a Rede Globo de Televisão durante a fase inicial das apurações no Rio de Janeiro torna ainda mais presentes as inquietações quanto ao papel da chamada mídia eletrônica no Brasil”, alertou. 
     Passadas as eleições, mesmo desmoralizada, a Globo continuou a fazer campanha feroz contra o governador Leonel Brizola, democraticamente eleito pelo povo. Ela procurou vender a imagem de que ele era culpado pelo aumento da criminalidade e, sem provas, tentou associá-lo ao mundo do crime. Numa entrevista ao jornal The New York Times, em 1987, o próprio Roberto Marinho confessou essa ilegal manipulação. “Em determinado momento, me convenci de que o Sr. Leonel Brizola era um mau governador. Ele transformou a cidade maravilhosa que é o Rio de Janeiro numa cidade de mendigos e vendedores ambulantes. Passei a considerar o Sr. Brizola daninho e perigoso e lutei contra ele. Realmente, usei todas as possibilidades para derrotá-lo”.



     Em 1983, a ditadura no Brasil vinha perdendo a força, e os Brasileiros defendiam a eleição direta em uma campanha chamada ‘Diretas Já’, chegou a reunir centenas de milhares de pessoas em todo Brasil, mas como a Globo era totalmente ligada a ditadura, ignorou completamente o caso, e não noticiou a manifestação. 

     No livro “Roberto Marinho”, escrito pelo bajulador Pedro Bial, alguns entrevistados, inclusive o ex-presidente José Sarney, afirmam que era comum o dono da TV Globo ser consultado sobre a escolha de ministros. Pedro Bial, como fiel servidor da emissora, considera “natural que, na hora de escolher seus ministros, o presidente [Tancredo Neves] submeta os seus nomes, um a um, ao dono da Globo”. No recente livro “Sobre formigas e a cigarras”, o ex-ministro Antonio Palocci também relata que consultou a direção da empresa sobre a famosa “carta aos brasileiros”, na qual o candidato Lula se comprometia a não romper os contratos com as corporações capitalistas.







     Somente quando percebeu o forte desgaste na sociedade, com os manifestantes aos gritos de “o povo não é bobo, fora Rede Globo”, a emissora começou a tratar da campanha – já na reta final da votação da emenda, em 25 de abril. Novamente, Roberto Marinho confessou seu crime numa entrevista. “Achamos que os comícios pró-diretas poderiam representar um fator de inquietação nacional e, por isso, realizamos apenas reportagens regionais. Mas a paixão popular foi tamanha que resolvemos tratar o assunto em rede nacional”. O “deus todo-poderoso” foi obrigado a ceder.


     Na prática, este império interfere ativamente na vida política nacional, seja através de coberturas manipuladas ou de negociadas de bastidores – nas quais ameaça com o seu poder de “persuasão”. Além dos três casos escabrosos, Venício de Lima cita outras ingerências indevidas da TV Globo: “papel de legitimadora do regime militar”; “autocensura interna na cobertura da primeira greve de petroleiros, em 1983”; “ação coordenada na Constituinte de 1987/1988”; “apoio a Fernando Collor de Mello, expresso, sobretudo, na reedição do último debate entre candidatos no segundo turno de 1989”; “apoio à eleição e reeleição de FHC”; “até seu papel de ‘fiel da balança’ na crise política de 2005-2006”, contra o presidente Lula. A lista dos  "crimes" é bem extensa.


    A Record, não fica atrás, depois de ser vendida a Edir Macedo a emissora cresceu consideravelmente, foi para o segundo lugar na audiência em pouco tempo, mas o que se dá o sucesso repentino da Record? 
     Edir Macedo é o líder e fundador da Igreja Universal, e foi acusado inúmeras vezes por uso indevido do dinheiro dos dízimos dos fiéis de sua igreja.
     Confira abaixo as principais e mais polêmicas acusações a Edir Macedo:
     Em Agosto de 1989 o jornalístico Documento Especial da Rede Manchete (hoje RedeTV!) apresentou uma das primeiras reportagens criticando os meios da IURD de pregar a instituição dos dízimos e dos ofertórios. Na década de 90, após a compra da Rede Record, surgiu na mídia nacional uma série de matérias em formato de denúncia acerca de supostos crimes de Edir Macedo. Além disso, foram relatadas críticas a doutrina seguida pelos membros da Igreja Universal do Reino de Deus.  
     Em 1992, Macedo foi preso sob acusações de charlatanismo, curandeirismo e envolvimento com tráfico de drogas. Macedo foi inocentado das acusações e liberado. Uma foto tirada nesta época, na carceragem da 91° DP (Vila Leopoldina), em São Paulo (tornou-se um dos símbolos dos fiéis da Igreja Universal) e acabaria por ilustrar a capa de uma biografia do bispo em 2007. 
     Em 1995, o Jornal Nacional (da Rede Globo) apresentou uma matéria-denúncia sobre como Macedo ensina seus bispos e pastores a convencerem os fiéis da IURD a darem ofertas e dízimos, em meio a brincadeiras com o dinheiro arrecadado e frases como “ou dá ou desce”, referindo-se a fiéis que não davam o dízimo. Entre os bispos estaria Carlos Rodrigues, mais conhecido como Bispo Rodrigues.




     No auge do incidente do “Chute na santa” foi apresentada mini-série na Rede Globo, chamada Decadência. A série falava sobre a vida de um pastor evangélico corrupto e devasso, interpretado por Edson Celulari. Segundo um documentário da Rede Record sobre a prisão de Macedo, algumas falas do personagem foram retiradas de trechos de declarações públicas de Edir Macedo, para sugerir uma identificação entre ambos. 
     Edir Macedo também foi denunciado pelo Ministério Público por importação fraudulenta de equipamentos e uso de documento público falso e um processo  foi aberto correndo ainda hoje sob sigilo judicial.





     Em 2009, novamente mais denúncias apareceram, e desta vez pelo Ministério Público de São Paulo. A ação criminal foi aberta pelo juiz Gláucio de Araujo, da 9ª vara criminal de SP, na qual acusa o bispo e mais nove pessoas ligadas a ele. Todos foram acusados pelos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Segundo a denúncia da promotoria, Macedo e os outros acusados teriam feito desvio de dinheiro de doações de fiéis, também se aproveitando da isenção de impostos oferecida a igrejas de qualquer culto, determinada pela constituição brasileira. 
     De acordo com a denúncia, aceita pela justiça, para esconder a origem do dinheiro, o bispo e os outros acusados teriam usado um esquema de lavagem de dinheiro que envolveria empresas de fachada no Brasil e no exterior. Os recursos então voltaram ao Brasil, na forma de empréstimos feitos pelos chamados “laranjas” de Edir Macedo e foram usados para comprar empresas. A denúncia ainda está sendo apurada. Diversas emissoras de televisão brasileira, como a Rede Globo, SBT, Rede Bandeirantes e RedeTV! divulgaram a denúncia. Porém, as matérias veiculadas pela Rede Globo foram consideradas pela Rede Record como “desespero da concorrência” e, com isso, a emissora paulista exibiu em seus jornais reportagens atacando a emissora carioca. 
     





     O SBT também já foi envolvidos em processos na justiça, não chega a ser como a Globo e a Record, mas no caso do SBT colocaram em dúvida o titulo de capitalização de uma das maiores empresas de Silvio Santos, responsável por grande parte do faturamento do Grupo SS e do SBT, a Tele-Sena.
     Veja abaixo trechos de uma Reportagem retirada do ‘JusBrasil Notícias’


     Entrou em discussão no STJ sobre a legalidade ou não da Tele-Sena, de Silvio Santos. O recurso foi interposto pela Liderança Capitalização S/A (Grupo Silvio Santos), pela Susep – Superintendência de Seguros Privados e pelo cidadão Carlos Plínio de Castro Casado, contra acórdão do TRF da 3ª Região. Este entendeu que a Tele-Sena é jogo de azar e não título de capitalização.
     Um processo que tinha mais de quatro mil páginas tramitava desde 1992. O recurso especial chegou ao STJ em julho de 2006. A ação popular contra a Tele Sena – julgada parcialmente procedente na primeira e segunda instâncias – teve como autor o engenheiro e então deputado José Carlos Tonin (PMDB). No TRF-3, a 4ª Turma considerou nula e ilegal a autorização dada pela Susep, em agosto de 1991, para que a empresa emitisse e comercializasse a cartela Tele-Sena como se o produto fosse título de capitalização. Segundo o advogado Luiz Nogueira, que atua na causa, nestes 16 anos, o Grupo Silvio Santos, conseguiu, por intermédio das agências dos Correios e das casas lotéricas, vender cerca de quatro bilhões de cartelas com um faturamento superior a R$ 8 bilhões, conforme documentos juntados aos autos da ação popular.
    Finalizando:
    "Os defensores da Record dizem que a Globo é suja, e os defensores da Globo, (Incluindo eu) dizem que a Record que é, mas se olharmos bem, ‘ninguém é santo’ nem mesmo o SBT".

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